Networking: “O Bobo e o Corotinho”​

Networking: A História do bobo e o corote: Networking da vida real

Conta a história (história real do meu genro) , lá pelas bandas da grande São Paulo havia um mendigo, chamavam ele de “Bobo”.

Bobo acordava fielmente as 4 horas da madrugada para juntar latinhas e poder vende-las para comprar ”corotinho” (uma espécie de pinga), e todos os dias passava assiduamente pelo mercadinho onde meu genro trabalhava, escolhia a garrafinha e pagava no caixa.

Quando não tinha dinheiro suficiente, de tão conhecido, marcava na cadernetinha seu fiado, era até engraçado: “01 Corotinho – Bobo”, mas sempre pagava com muita honestidade.

Sua agenda diária era acordar as 4h, juntar reciclagem, vender e se embebedar o resto do dia, não incomodava ninguém, ficava na dele, mas este era seu propósito de vida.

Eis que chegou a época de natal e o “Bobo” todos os dias ia comprar seu “corote” e fielmente colocava uma moeda de R$1,00 na caixinha dos funcionários do Mercadinho, e aquilo começou a chamar a atenção de todos, como ele? Um mendigo, morador de rua, se preocupa em ajudar no nosso natal !?!

E assim se sucedeu todo mês de dezembro, chegando próximo ao natal, os funcionários do mercadinho decidiram por unanimidade, juntaram tudo o que o “Bobo” contribuiu, compraram em corotinho e deram para ele de presente!

Me emocionei com esta história, contada em uma mesa de café da manhã, como poderia um simples mendigo conhecer tanto de networking?!?!

Justamente o comportamento de dar sem esperar receber, ajudar o outro sem esperar nada em troca, e é por isso que o networking verdadeiro dá tão certo, a grande fórmula da gratidão intrínseca.

Eu sai do café da manhã inspirada, energizada, com uma sensação tão grande de que eu ando no caminho certo, e quanto é incrível a lei do retorno, ajudar e receber, mesmo sem querer!

Relembrei de todas as vezes que alguém fez a diferença na minha vida gratuitamente, quando fiz a diferença por simplesmente escutar, ou ajudar sem pensar em nada em troca, ou mesmo ajudar porque já tinham me ajudado, é um entrelaçamento sem fim, teve vezes que minha “recompensa de retorno” surgiu 10 anos após, outras vezes nem retorno teve, mas sim um abraço apertado.

O que muitos não entendem é que networking é uma retribuição espontânea e nunca algo que precisa ser cobrado.

Networking não te faz bonzinho, não precisa de flash, networking na maioria das vezes não precisa de cartão de visitas, networking não é favor, precisa ser espontâneo, precisa ser feito com o coração e é pontual, pois não pode ser confundido com voluntariado, networking vai além, ele aproxima, retribui, gera empatia, cria laços verdadeiros!

Pois é, o “Bobo” iluminou meu dia, me mostrou que por 30 anos ando pelo caminho certo,

E você? Já mobilizou pessoas por seus atos espontâneos? Comente conosco, conte-nos suas histórias, é tão bom inspirar!

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